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22 de outubro de 2011

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E as máscaras? Eu tinha medo, mas era um medo vital e necessário porque vinha de encontro à minha mais profunda suspeita de que o rosto humano também fosse uma espécie de máscara.
À porta do meu pé de escada, se um mascarado falava comigo, eu de súbito entrava no contato indispensável com o meu mundo interior, que não era feito só de duendes e príncipes encantados, mas de pessoas com o seu mistério.
Até meu susto com os mascarados, pois, era essencial para mim.



(Clarice Lispector - Restos do Carnaval)

(Felicidade Clandestina)


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