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22 de setembro de 2011

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Só teus olhos permanecem.
Não quiseram fugir. E não fugiram.
Iluminando a estrada solitária
de meu regresso, não me abandonaram
como o fizeram minhas esperanças.

E ainda hoje me seguem, dia a dia.
São meus servos - mas eu sou seu escravo.
Seu dever é luzir em meu caminho;
meu dever é salvar-me por seu brilho,
purificar-me em sua flama elétrica,
santificar-me no seu fogo elísio.
Dão-me à alma beleza (que é esperança).
Astros do céu, ante eles me prosterno
nas noites de vigília silenciosa;
e ainda os fito, em pleno meio dia,
duas Estrelas d'Alvas, cintilantes,
que sol algum jamais extinguirá.



(Edgar Allan Poe - Para Helena)

(Poesia e prosa - Obras Completas)

( Poesia - Volume I )


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