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27 de julho de 2011

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A palavrinha 'porque' tem sido algo muito forte em mim desde os tempos em que era apenas uma menininha e nem mesmo sabia falar direito. É um fato bem conhecido que as criancinhas fazem perguntas a respeito de tudo porque nada lhes é familiar. Este foi exatamente o meu caso, porém, mesmo quando cresci, mal podia esperar para fazer todos os tipos de perguntas, que pudessem ser respondidas ou não.

(...)

Devo admitir que isso pode ser muito cansativo mas eu me consolava com a idéia de que existe um ditado que diz 'é preciso perguntar para saber', que poderia não ser totalmente verdadeiro, caso contrário, eu seria uma professora agora.

Ao crescer, percebi que não é possível fazer todo tipo de pergunta a todas as pessoas e que existem muitos 'porques' que não podem ser respondidos.

Daí seguiu-se então que tentei ajudar a mim mesma começando a pensar minhas próprias respostas a essas perguntas. Cheguei assim à importante descoberta de que as perguntas que não devem ser feitas podem ser resolvidas por nós mesmos.

Consequentemente, a palavrinha 'porque' ensinou-me não só a perguntar mas também a pensar.

Agora, quanto a segunda parte da palavra 'porque'. Como seria, se todos ao fazerem qualquer coisa perguntassem antes a si mesmos, 'por quê' ?

Acho que se tornariam mais sinceros e pessoas muito, muito melhores mesmo. Porque a melhor maneira de se tornar sincero e bom é ficar examinando a si mesmo sem parar.

Posso imaginar que a última coisa que as pessoas gostam de fazer é confessar a si mesmas seus erros e seus defeitos (que todos nós temos).



(Anne Frank - Por quê?)

(Contos do Esconderijo)


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