Amigos vivos que me morreram, amigos mortos cheios de vida,
quem sabe se, como eu, o luar os tenta nesta doce noite misericordiosa e pura!
Estendo as mãos ao luar branco, como a uma fogueira,
a recordação doutros beijos enche-me da nostalgia amarga dos que se sabem exilados para sempre.
Ergo os olhos ao céu: um jasmineiro florido, longe, longe!
As estrelas empalidecem deslumbradas, elas também, pela brancura milagrosa.
quem sabe se, como eu, o luar os tenta nesta doce noite misericordiosa e pura!
Estendo as mãos ao luar branco, como a uma fogueira,
a recordação doutros beijos enche-me da nostalgia amarga dos que se sabem exilados para sempre.
Ergo os olhos ao céu: um jasmineiro florido, longe, longe!
As estrelas empalidecem deslumbradas, elas também, pela brancura milagrosa.
(Florbela Espanca)
(Carta da Herdade - Conto)
(Afinado Desconcerto)
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