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8 de julho de 2011

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Amigos vivos que me morreram, amigos mortos cheios de vida,
quem sabe se, como eu, o luar os tenta nesta doce noite misericordiosa e pura!
Estendo as mãos ao luar branco, como a uma fogueira,
a recordação doutros beijos enche-me da nostalgia amarga dos que se sabem exilados para sempre.
Ergo os olhos ao céu: um jasmineiro florido, longe, longe!
As estrelas empalidecem deslumbradas, elas também, pela brancura milagrosa.



(Florbela Espanca)

(Carta da Herdade - Conto)

(Afinado Desconcerto)


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