- Amor meu!
- Um momento!
(Colhe um bem-me-quer e desfolha as pétalas uma a uma)
- Que é? um ramo?
- Nada, é brincadeira.
- Como?
- Haveis de dar risada!
(Vai arrancando as pétalas e murmurando)
- Que dizes?
- Bem-me quer... mal-me-quer...
(a meia voz)
- Angélica alma de mulher!
(continuando)
- Bem-me... mal-me-quer... me-quer...
(Desfolhando a última pétala, com júbilo encantador)
Bem-me-quer!
- Sim, meu anjo, e te seja a sentença
da flor celeste juizo. Bem te quer!
Compreendes o que significa bem te quer?
(Toma-lhe as duas mãos)
- Ah, que tremor!
- Não estremeças! Que este olhar,
que esta pressão da mão te diga
o que é inexprimível:
Dar-se de todo e sentir na alma
um êxtase que deve ser eterno!
Eterno! Sim! - seu fim seria o desespero.
(Goethe - Fausto)
(Tradução - Jenny K. Segall)
.
.
. .
- Um momento!
(Colhe um bem-me-quer e desfolha as pétalas uma a uma)
- Que é? um ramo?
- Nada, é brincadeira.
- Como?
- Haveis de dar risada!
(Vai arrancando as pétalas e murmurando)
- Que dizes?
- Bem-me quer... mal-me-quer...
(a meia voz)
- Angélica alma de mulher!
(continuando)
- Bem-me... mal-me-quer... me-quer...
(Desfolhando a última pétala, com júbilo encantador)
Bem-me-quer!
- Sim, meu anjo, e te seja a sentença
da flor celeste juizo. Bem te quer!
Compreendes o que significa bem te quer?
(Toma-lhe as duas mãos)
- Ah, que tremor!
- Não estremeças! Que este olhar,
que esta pressão da mão te diga
o que é inexprimível:
Dar-se de todo e sentir na alma
um êxtase que deve ser eterno!
Eterno! Sim! - seu fim seria o desespero.
(Goethe - Fausto)
(Tradução - Jenny K. Segall)
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