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19 de setembro de 2010

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Assim eu quereria meu último poema

Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais

Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas

Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume

A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos

A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.



(Manuel Bandeira - Manuel Bandeira - 50 poemas escolhidos pelo autor)

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3 comentários:

Leo disse...

POrque a beleza está nas coisas mais simples e menos intencionais!

sobrou beijinho...

te mando um montão deles!!

carinho na Suzi!

Pérola Anjos disse...

Das coisas que tocam alguns e passam despercebidas por outros. Os que mais sentem são os que mais vivem!

Perfeito!

Beijos!

A.S. disse...

Um poema deve ser silencioso
como uma caricia,
Macio,
como o toque dos dedos sobre a pele,
Doce,
como um olhar de amor,
Imprevisto,
como o voo de um pássaro,
Imóvel,
como a sombra no tempo,
Suave,
como o prelúdio de belas melodias,
Ousado,
como a mão inquieta quando acaricia!


Para ti...
(do meu livro "Diálogo de Sombras")

Abraço
AL